Livro O Diário de Anne Frank


O Diário de Anne Frank

Sinopse: “O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seus diário narra os sentimentos, medos e pequenas alegrias de uma menina judia que, com sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.
Lançado em 1947, O Diário de Anne Frank tornou-se um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos. Um livro tocante e importante que conta às novas gerações os horrores da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Agora, seis décadas após ter sido escrito, este relato finalmente é publicado na íntegra, com um caderno de fotos e o resgate de trechos que permaneciam inéditos. Uma nova edição que aprofunda e aumenta nossa compreensão da vida e da personalidade dessa menina que se transformou em um dos grandes símbolos da luta contra a opressão e a injustiça. E consagra O Diário de Anne Frank como um dos livros de maior importância do século XX. Uma obra que deve ser lida por todos, para evitar que atrocidades parecidas voltem a acontecer neste mundo.”
(By Skoob)

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A principio sabia, mais ou menos, quem era Anne Frank, e sabia sobre seu diário e o Anexo secreto. Bom, na verdade, passei a conhecer por causa do livro “A culpa é das estrelas”. O mesmo, pelo menos, tem algo bom: Indicou-me um livro incrível. Obrigada John Green pela recomendação. Não gostei do seu livro, mas sua idéia foi boa.

Antes de ler o diário, pesquisei sobre a família na internet. Até mesmo na sinopse conta tudo. Passei a saber que todos foram pegos pelos alemães, e que o diário acabou não sendo terminado. Crueldade! Já senti uma certa revolta só nesse comecinho.
Enfim, comecei a ler, me envolvi nos contos; detalhes do dia a dia, sentimentos da autora e toda a família.
Por serem judeus, tiveram que se esconder num sótão, situado em um edifício, onde o pai de Anne, Otto Frank, e amigos da família trabalhavam. Chamaram de “Anexo secreto”.
Além dos Frank, também foi outra família viver com eles; os Van Pels: Chamados, no diário, de Van Daan.
Um tempo depois, outra pessoa também entra para o esconderijo. Então, ao todo, ficaram oito pessoas: Anne e sua irmã Margot, casal Frank, casal Van Daan com o filho Peter, e o último, que não pertence às famílias, Fritz Pfeffer: chamado, por Anne, de Dussel.
Anne Frank, em seu diário, conta de tudo; todos os momentos conflitantes que passam durante os dias. Escreve sobre cada membro das famílias, e muito mais, claro, sobre ela mesma!
Além de viverem juntos com outra família, coisa que não é nada agradável, tinham muitos limites; horários para dormir, comer, estudar (por correspondência), trabalhar para o pessoal que os ajudava, apagar as luzes, acender as mesmas, tomar banho, dar descarga... E tudo o mais. A comida tinha que ser controlada, e muitas vezes comeram coisas que não queriam. Porém a fome era tanta que entrava qualquer coisa.
A vida de Anne praticamente mudou de uma hora para outra. Uma menina que tinha tudo, de repente viu-se encurralada.
Lógico que, em seu diário, também tem muitas de suas expressões infantis; Brigas com os pais, sentimentos de birra, xingamentos, principalmente com a Sra Van Daan: Ô mulher implicante!
Nota-se que, a medida que o tempo passa, Anne vai se desenvolvendo, crescendo mentalmente e espiritualmente. Ficando mais inteligente e mais individualista. Mas isso foi mudando aos poucos... Para chegar a um amadurecimento, teve que passar por muitas dificuldades, sendo no anexo ou com a família.
É incrível o que se passa na cabeça de uma adolescente. Lendo as anotações de Anne, percebi que nossa mente, nesse período, enche-se de conflitos, questões a serem resolvidas... Até podermos, finalmente, desenvolver nosso caráter. O período da adolescência é realmente conflitante!

Anne 1941

Bom, só posso dizer que adorei ler o diário de Anne. Um livro que prova que é nas dificuldades da vida que aprendemos a viver verdadeiramente.
É um livro que precisa ser lido por todos os leitores! Um exemplo de vida!
Infelizmente seu final doeu meu coração; Foi horrível saber o que aconteceu com cada membro da família, após terem sido descobertos pelos alemães. Saber que todos aqueles esforços no Anexo foram praticamente em vão; A fome que passaram, os medos, dificuldades... Mas, claro, morreram com dignidade!

Abaixo deixarei minhas observações sobre alguns trechos do diário que me chamaram a atenção:

Pg 118 “As pessoas comuns não sabem o quanto os livros significam para alguém escondido. Nossas únicas diversões são ler, estudar, e ouvir rádio.”

Pg 190 “Tenho enorme necessidade de ficar sozinha. Papai percebeu que não estou como sempre, mas não posso dizer a ele o que me incomoda. Só quero gritar: “Me deixem sozinha, me deixem sozinha!”
Quem sabe, talvez chegue um dia em que me deixarão sozinha mais do que eu gostaria!”

Duas coisas nesses trechos se ligam a mim: A necessidade de estar sozinha, e a alegria de estar com livros;  no meu caso, em vez de ouvir rádio, substituo por series. 
Assim que li essas partes, me identifiquei imediatamente! Principalmente a parte do querer estar sozinha. Nunca pensei de ler algo assim em um livro. 
Anne muitas vezes teve essa necessidade, e infelizmente, dentro de um esconderijo, dificilmente tinha essa oportunidade. Acredito que ficar sozinha seja necessidade de qualquer ser humano. Nem sempre queremos companhia.

Pg 207 “Acredito firmemente que a natureza pode trazer conforto a todos que sofrem”

Assim que tiveram que ficar escondidos, foram privados de ter frequentemente acesso à natureza. As janelas não podiam estar abertas por muito tempo; havia momentos específicos e curtos para isso. Aliais, tinham que evitar até de abri-las! Com isso, Anne passou a valorizar qualquer luz do sol que fosse, o céu azul, a chuva, o vento... E nos momentos de sofrimento, tudo isso lhe proporcionou conforto e paz.
Lendo esse tipo de raciocínio, passamos a perceber o quanto não valorizamos os detalhes ao nosso redor. Só passamos a valorizá-los na dor.

Pg 262 "Odeio álgebra, geometria e aritmética. Gosto de todas as outras matérias da escola, mas a preferida é história!" 

Também me identifiquei com esse trecho. Odeio tudo referente a números! Na minha época de escola eu amava história, mas a preferida era Literatura!

Pg 333 “Temos muitos motivos para esperar grande felicidade, mas... precisamos merecê-la. E isso é uma coisa que não se pode conseguir pelo caminho fácil. Merecer a felicidade significa fazer o bem e trabalhar, e não especular e ser preguiçoso. A preguiça pode parecer convidativa, mas só o trabalho dá a verdadeira satisfação.”

Como diz nosso Senhor: Para alcançar a felicidade, é preciso passar pela porta estreita.
Realmente, não merecemos a felicidade se estivermos percorrendo um caminho fácil. Precisamos fazer por onde, colocar a mão na massa, buscar aquilo que a gente quer. Trabalhando é que sabemos se queremos mesmo chegar a o nosso objetivo. E assim que alcançamos, somos vencedores!
Anne tinha seu objetivo, queria ser escritora, jornalista, e publicar seus escritos. Queria alcançar sua vitória após terminar a guerra. Infelizmente isso não foi possível, mas, com certeza, ela agora deve estar muito feliz, esteja onde estiver, porque, ao menos, seu rico diário pôde ser publicado, e conhecido pelo mundo todo!

Sua Roberta Brandão.

Comentários

  1. Esse foi um dos livros que mais marcaram minha vida.
    Obrigada por me lembrar dele!

    SUA ESTANTE
    Gatita&Cia.

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