Livro O Lado Bom da Vida

O Lado Bom da Vida

Sinopse: O Lado Bom da Vida - Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele 'lugar ruim', Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.” (By skoob)

O que achei desse livro?

Chato. Não que a história seja chata, mas sim a leitura, que não fluiu como eu desejava.
No começo até gostei, e me foi dando curiosidade e vontade de ler mais. Porém, mais ou menos na metade, a história começou a ficar mais lenta, não saía de um mesmo assunto. Não sei, comecei a sentir um tédio que me fez parar por várias vezes a leitura e só retornar semanas depois. Por esse motivo, acabei demorando mais para terminar. O mesmo aconteceu com O morro dos ventos uivantes.

Mas, como eu já disse, a história em si não é chata. Pelo contrário, aborda um assunto muito discutido em nosso cotidiano: Perturbação mental.
Pat Peoples, torcedor fanático dos Eagles, casado, com uma vida normal, de repente se vê numa instituição para doentes mentais, o qual ele chamava de “lugar ruim”. Após um “acidente” que ocorreu em seu relacionamento com Nikki, ele perdeu a memória, por ter sido um golpe trágico, e por não querer aceitar que aquilo realmente aconteceu com ele. Ficou com a mente perturbada, e por isso foi mandando para o “lugar ruim”. A história começa com ele saindo desse lugar, com esperanças de reencontrar sua ex-mulher, refazer sua vida com sua família, e fazer as pazes com seu pai, que até então estava muito zangado com ele. Pat acreditava que estava vivendo um “tempo separados”, e que esse tempo um dia iria acabar. Achava que seu relacionamento acabou devido às indiferenças com sua esposa, falta de amor, atenção... E o que ele mais queria era melhorar seu caráter para que sua ex esposa pudesse voltar para ele. E a esperança não morria. Havia o lado bom da vida.
O tratamento com o terapeuta foi ajudando aos poucos. Apesar dele não conseguir nem mesmo ouvir o nome de Kenny g: Um saxofonista, que tocava uma música que lembrava Nikki, e, por algum motivo, essa música lembrava o tal “acidente” trágico que ele negava recordar.
E algo que me deixava nervosa era que, no livro inteiro, Pat não conseguia superar o fim de seu caso com Nikki. Teve esperanças, até o fim, de que Nikki voltaria para ele. E tudo o que ele fazia era para ela. E que o “tempo separados” iria acabar, e iriam voltar. E que, depois disso tudo, iriam ter um final feliz. Não se convencia de que seu caso com ela havia acabado. Dava ataques nervosos quando falavam mal da sua ex-esposa. Para Pat, Nikki era tudo.

No decorrer da história, conheceu uma amiga, que é irmã da esposa de seu amigo Ronnie, Tiffany. Ela também sofre de perturbação mental consequente da perda de seu marido. Com essa combinação, acabam virando amigos, mesmo que de forma estranha. Quem leu vai entender.


Enfim, uma história que te dá curiosidade em saber como termina. A leitura, muitas vezes, fica entediante, mas vale a pena.
Vou comentar algumas partes interessantes do livro.

"Em seguida, Cliff diz que tem uma mulher chamada sonja, que foi quem pintou tão lindamente a sala onde estamos, o que nos leva a conversar sobre como as mulheres são maravilhosas e como é importante valorizar sua mulher enquanto você a tem porque, senão, você pode perdê-la de uma hora para outra - já que Deus realmente quer que valorizemos nossas mulheres " Pg.19

Cliff, para quem não sabe, é o terapeuta.
Achei muito bonita essa citação sobre as mulheres. Assim que nos sentimos valorizadas, valorizamos a eles também.

"Sei o que Cliff quer dizer, mas percebo que ele realmente não entende como eu me sinto, que é uma mistura de emoções muito complicadas e difíceis de expressar, e mudo de assunto." Pg.154

Um trecho que me leva a pensar o que uma pessoa, com transtornos psicológicos ou emocionais, sente em relação ao mundo e as pessoas. Como se compara ao problema do outro, procurando por semelhanças para que se sinta melhor. E é incrível o trabalho do psicólogo, ao fazer com que o psicológico do paciente se organize, e se cure. Até porque, problemas psicológicos também são doenças... E assim como toda doença precisa de medicamentos para a cura, esses transtornos também precisam. E detalhe que nem sempre o psicólogo entende o que o paciente quer expressar, como nesse caso do trecho, devido à essa confusão de emoções. E é pura verdade, pois nem tudo conseguimos transmitir... Nosso cérebro é um mundo de informações. Impressionante!

"E, mesmo que eu não goste dos Dallas Cowboys, sinto-me meio mal por Terrell Owens, porque talvez ele realmente seja um sujeito triste que está tendo problemas em sua mente. Quem sabe? Talvez ele tenha mesmo tentado se matar... E ainda assim todos zombam dele, como se sua saúde mental fosse uma piada... "

Coisas que vemos hoje em dia: pessoas que não levam a sério os problemas psicológicos de alguém. E isso é triste. 
Tratemos disso como doença, e não como frescura ou coisa parecida.
O cérebro também fica doente, e precisa de tratamento.


Vi o filme antes de ler o livro, e posso dizer que foi bom rodar as cenas na minha cabeça enquanto lia. Mas, lógico, o livro é sempre melhor, apesar do filme não ter sido tão tedioso.

Deixarei aqui a canção de Kenny g (A aterrorizante), e a da dança de Tiffany e Pat, que são realmente lindas. 


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